O projecto


Lisboa, São Petersburgo, Moscovo, Irkutsk, Ulan-Ude, Ulan-Bator e Pequim.
Sete cidades, umas mais conhecidas que outras, onde a distância linear entre a primeira e a última é de 9.661 km , oito fusos horários e 20 dias. Sim, 20 dias para uma viagem que para alguns é "a viagem das viagens" - para os russos "o grande caminho Siberiano" e para os ocidentais simplesmente o Transiberiano.

Com início em Moscovo iremos passar pelos montes Urais, que dividem a Europa de Ásia, seguindo por mais de 2.000 km de estepes da Rússia profunda, passamos por Irkutsk, conhecida também como "Paris" da Sibéria e pelas margens do maior lago de água doce, o Lago Baical.

Em Ulan-Ude passamos para a rota do Transmongol, que nos leva do Norte até ao Sul da Mongólia, passando pela capital Ulan-Bator, nas magnificas planícies, e como não podia deixar de ser pelo deserto de Gobi, que ocupa cerca de 30 % do território nacional. Chegados à fronteira só nos resta aproveitarmos a visão maravilhosa que é a grande Muralha da China, isto pouco antes de alcançarmos a cidade destino, Pequim.

Mas que pessoas encontraremos neste percurso ? Os Ortodoxos Russos, os Budistas de Ulan-Ude? ... O que os distingue? Ulan-Bator, a capital com a temperatura média mais baixa em todo o mundo (1.3º negativos)... e as pessoas também serão frias? Como se vive nestas condições? Quais os seus hábitos? E os seus sonhos e desejos?

Esta será uma viagem feita junto da população local; dormindo em casa deles, comendo à mesma mesa e entrando o mais possível na sua rotina.

Faremos uma foto reportagem do que iremos ver, procurando transmitir o que sentimos no momento do click, captando os costumes, os odores, o dia-a-dia das pessoas que iremos encontrar pelo caminho.

Diria que há algumas viagens que mudam a vida.
Em tempos antigos, esta era uma linha sem regresso, quem fosse deportado para a Sibéria não voltava. Transiberiano era uma palavra que metia respeito, medo até. Hoje é uma viagem que não nos deixa ser os mesmos. Diria que é uma viagem que, tal como a vida, muda e quem vai p’ra Sibéria, regressa.
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